Canetas
Nem só de tinta vive o homem (III)
Apesar da simplicidade de manuseio das "ejetoras", alguns fabricantes procuravam algo mais, ou seja, principalmente os fabricantes que desenvolviam lapiseira em conjunto com canetas famosas, procuravam integrar as lapiseiras ao design das canetas. Em muitos modelos, um botão de acionamento, não combinava com o design, dessa forma surgiu um novo modo de acionamento...
2. Lapiseira "Twist Action": Funciona de uma forma bem simples e intuitiva. Girando a "tampa" no sentido horário (visto por trás), o grafite avança, girando no sentido anti-horário, ele se recolhe. Este tipo, traz como vantagem única, o visual. Na prática, é uma lapiseira complicada de utilizar, pois não é auto alimentável como a propulsora. Quando o grafite acaba, não basta acionar até aparecer outra mina, é necessário girar totalmente o mecanismo no sentido anti-horário para recolher o propulsor interno. Feito isso, abre-se o reservatório interno, retira-se UMA nova mina que deve ser introduzida de fora pra dentro pela ponta. Ajusta-se a mina até que cerca de 2 mm fiquem expostos e pressiona-se o grafite contra uma superfície rígida para que o propulsor interno "encaixe" e o grafite fique firme no lugar. Com minas não muito finas (diâmetro mínimo de 0.7 mm), a coisa ainda vai bem. Com medidas como 0.5 mm por exemplo, perde-se muito material por quebra.
Outro tipo muito importante, também não pode ser esquecido. São lapiseiras que seguiram um caminho totalmente diferente das propulsoras e das twist...
3. Lapiseira "Lead Holder": É um tipo que foi muito comum para DESENHO TÉCNICO até a década de 70. Também conhecida nos EUA como CLUTCH PENCIL (lapiseira de mandril), retinha apenas UMA mina que ficava presa a um mandril na ponta, algo como um sistema de pinças. Ao apertar o botão traseiro, o mandril liberava o grafite que podia ser ajustado em comprimento. Diâmetros comuns de grafite para essas lapiseiras, eram o tradicional 2.0 mm, o 2.5 mm, o 3.5 mm e até uma medida super grossa usada em esboços artísticos, de 5.6 mm. Nas medidas mais finas, o botão traseiro tinha embutidas quatro lâminas que serviam como apontador para afiar a ponta do grafite.
Caran d'Ache Fixpencil (Suíça)- A primeira "lead holder" lançada na década de 20. Fabricada até hoje
Staedtler Mars Technico 780C (Alemanha) - A mais vendida de todos os tempos
Koh-I-Noor Versatil (Rep. Tcheca) - A mais popular e barata (mas EXCELENTE...)
Koh-I-Noor Toison d'Or (Rep. Tcheca) - Idêntica à Versatil, mas com acabamento em preto
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Nem Só De Tinta Vive O Homem (iv)
No início desta série, falei rapidamente sobre as lapiseiras de conjunto e prometi que voltaria ao tema. Então aqui estamos nós. Os fabricantes famosos de instrumentos de escrita de alta qualidade, sempre se preocuparam em oferecer o máximo a seus...
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Frankenpen Iv - Koh-i-noor Rapidograph 1950 (primeira Parte)
Essa já chegou pronta na minha mão, fazia parte de um lote de canetas. Algo como uma limpeza de fundo de gaveta. O vendedor aparentemente não sabia o que fazer com ela e mandou junto... Diversos detalhes, intrigavam na caneta. A começar pela marca...
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Frankenpen I - Parker 21 Mkii
A Parker 21, é uma das canetas mais bem sucedidas da Parker. Fazer parte de uma família real sem perder valor e brilho para a rainha, é algo só possível para quem tenha muita personalidade. A Parker 21, foi lançada durante o reinado da Parker 51....
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Abastecimento - Ensacando A Tinta
No princípio do século XX, a borracha era um material inovador. Não demorou muito e os projetistas perceberam que se poderiam usar uma bomba de borracha num conta-gotas para abastecer a caneta, essa bomba poderia ser EMBUTIDA na caneta fazendo as vezes...
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Atrás Da Cortina De Ferro
Expressões têm vida curta. Quando não utilizadas, vão sendo esquecidas até morrerem. Cortina de Ferro é uma delas. Com a queda do Muro de Berlim, a expressão foi caindo em desuso e hoje remete vagamente a memória a velhos filmes produzidos durante...
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