Sobre a má educação, padilhas e a arte.
Canetas

Sobre a má educação, padilhas e a arte.


Foto retirada do Facebook de um dos atores
Ontem fui assistir a um espetáculo chamado ?Salomé sou eu?, dirigido por Alex Beigui, no Teatro
Riachuelo, o mais luxuoso (e um dos únicos) daqui de Natal. O espetáculo foi fenomenal, sem tirar, sem por. O espetáculo.
Eu sou tapada no quesito arte, aliás, eu sou um pouco menos tapada hoje em dia, mas ainda sou tapada. E mesmo assim, até eu sei que, quando se entra num teatro, cinema, show, qualquer apresentação artística ? e até não artística, como é o caso das aulas, seminários, missas, enfim... ? deve-se desligar o celular e calar a boca para assimilar a história.
?Puta que pariu!?

Esse foi o meu sentimento quando começou a apresentação. Acima, eu falei que o espetáculo tinha sido fenomenal. E realmente foi. Mas a plateia... Bando de mal educados!
Celular tocando, pessoas conversando... Os bebês chorando (que, convenhamos, não deveriam ter sido levados.) foram o menor dos problemas. Era uma balbúrdia sem fim, parecia que estava todo mundo mais concentrado em conversar com o colega ao lado, ao invés de ver o que estava acontecendo no palco.
Admito que eu fiquei em dúvida se esse pandemônio dentro do teatro foi por causa da desvalorização da arte, uma vez que a entrada era gratuita e ninguém valoriza a arte, quanto mais quando é gratuita. Minha impressão é que todo mundo que fora só estava lá por ser uma injeção na testa.

Foi então que refleti sobre outros momentos que envolvem apresentações, sejam estas artísticas ou não e percebi que a má educação é sintomática. Para entrar no teatro, várias pessoas furaram a fila. Várias pessoas comeram durante o espetáculo. Conversar durante o filme, no cinema, é algo suuuupernormal. Falar ao celular, então...
Mas antes ficassem no celular. A má educação não ficou só aí...
O momento mais constrangedor para mim foi, sem dúvida, quando começou a parte que eu carinhosamente chamarei de padilha. Os quatro personagens que estavam em cena, ao som do batuque, começaram a rodar e a deixar claro que estavam encarnando outros personagens. A voz dos personagens, especialmente de um, ficou mais fina e parecida com a do estereótipo ?Globo? de gays. E, não importava o que os personagens estivessem falando, bastava usar aquela voz que a plateia CAÍA NA GARGALHADA!
Não era um texto de humor... Nada do que estava sendo dito era engraçado, mas todo mundo ria, gargalhava. Isso só me confirmou que as pessoas veem os homossexuais de duas maneiras igualmente preconceituosas: ou nada do que eles falam é digno de importância, meramente motivos de chacota, ou eles são completamente diferentes dos humanos heterossexuais, algo como uma classe a parte... E que não merece ser respeitada.
No primeiro caso, o Zorra Total mostra bem: os homossexuais, sempre com a mesma voz, o mesmo trejeito, a mesma desmunhecada, somente servem para ser motivos de riso. Ora, se é uma peça só com homens (naquele momento), falou com voz fina, é gay... E gay sempre é engraçado, vamos rir, ponto.
Já no caso de os gays serem uma classe a parte, se eles apareceram na peça devem ser ridicularizados, claro. Nada mais engraçado que zombar daqueles bobos da corte, não é? E gay sempre é engraçado, vamos rir, ponto.
Vamos abrir os olhos, minha gente. Abrir essa nossa cabeça oca! Meramente se arrumar para ir ao Teatro Riachuelo, aquele ambiente extravagante e luxuoso, e ficar julgando as pessoas que passam por ali, conversar durante o espetáculo, ficar jogando no celular e zombando das pessoas, não vai te fazer crescer enquanto pessoa!
Sempre se usa o ditado de que costume de casa vai à praça... Acho que ontem isso se concretizou. Salomé pediu a cabeça de João Batista...

Ocá, bem que podia ser a sua, não é?


PS: Adorei o espetáculo, todo mundo tá de parabéns!!!



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