Materiais - Polímeros (Segunda Geração)
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Materiais - Polímeros (Segunda Geração)


Se no final do século XIX os polímeros eram materiais raros e exóticos, a Segunda Guerra Mundial trouxe ao mundo tecnologias até então inimagináveis. A segunda geração dos polímeros, foi marcada por materiais que não mais eram descobertos ao acaso por inventores individuais. Os polímeros de segunda geração, tinham em geral a assinatura de grandes grupos industriais como DuPont, ICI, BASF etc.


Foi a era das resinas fenólicas (celeron, baquelite, fenolite e poliestireno), das poliolefínicas (polietileno, polipropileno) e das acrílicas (polimetil metacrilato).


Nem todos foram utilizados em canetas, portanto vou falar apenas dos mais importantes.


Baquelite


Descoberto em 1909 pelo químico Leo Bakeland, é um polímero fenólico, ou seja, seu monômero básico é um composto de fenol, um álcool do anel benzênico. Baquelite, tem alta resistência química (ótimo para aguentar tintas corrosivas) e excepcional resistência térmica. Por essa razão, foi utilizado muito tempo em gabinetes de equipamentos eletrônicos valvulados, que trabalhavam a altas temperaturas.


Um lote de canetas Ingersoll (Reino Unido) em baquelite


Poliestireno


Um dos polímeros de maior sucesso de todos os tempos, o poliestireno inovou a indústria de polímeros duplamente. Em primeiro lugar, por ser um polímero derivado de resinas fenólicas e olefínicas, ou seja, o poliestireno é um polietileno onde há adição de um anel benzênico por monômero unitário. Em segundo lugar, por ser um polímero TERMICAMENTE moldável, o que permitiu a introdução do processo industrial denominado INJEÇÃO. O polímero, em forma granulada, é alimentado nas injetoras, que derretem o material, colorizam e injetam em moldes. O processo, é altamente automatizado, permitindo produção barata em larga escala.


A mais bem sucedida caneta fabricada em poliestireno, foi a legendária Parker 21, que ensinou milhões de pessoas no mundo a escrever.


Uma Parker 21 Super


Outro ícone da escrita, fabricado em poliestireno, foi a Parker Jotter, a primeira esferográfica de sucesso do mundo. 


A maior inconveniência do poliestireno, está no mau comportamento a baixas temperaturas. É comum encontrar canetas de poliestireno que trincavam espontaneamente, principalmente em países frios.


Polimetil Metacrilato


Desenvolvido no Reino Unido pela ICI (Imperial Chemistry Industries), o PMMA, mais conhecido como ACRÍLICO, teve como primeira aplicação de peso, a construção de parabrisas de aviões, onde ficou conhecido como PLEXIGLASS. Em função da elevada qualidade ótica - foi o primeiro polímero utilizado em lentes - recebeu também de sua criadora o nome comercial LUCITE.


Acrílico, tornou-se um dos polímeros mais bem conceituados de todos os tempos. É praticamente impossível falar desse material sem chover no molhado.


No universo das canetas tinteiro, um material tão superlativo, só poderia ter sido utilizado na mais importante caneta tinteiro de todos os tempos, a Parker 51.


Uma Parker 51 Vacumatic (foto: richardspens.com)


O advento do acrílico, propiciou ainda uma novidade para as canetas. A Parker, ainda durante a primeira geração das Parker 51 (as Vacumatic), fabricou em acrílico transparente, canetas que inicialmente não se destinavam à venda e sim como objetos de demonstração em revendedores. Eram as canetas "Demonstrator", que tinham como objetivo mostrar aos compradores o funcionamento interno da caneta.


Uma Parker 51 Vacumatic Demonstrator (foto: richardspens.com)



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